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Júri formado só por mulheres condenou homem que esfaqueou a ex-esposa e tentou suicídio
04/10/2011

Um homem foi condenado a três anos, seis meses e 20 dias, em regime semi-aberto, em júri realizado na comarca de Coronel Vivida (PR). Ivanir Ignácio de Siqueira tentou matar a ex-esposa, Ceni Rodrigues de Chaves, no dia 24 de março deste ano, com golpes de faca no pescoço e depois tentou o suicídio cortando o próprio pescoço.  O júri popular foi formado exclusivamente por mulheres.
 
A família de Ceni disse estar satisfeita com o resultado e que todos, doravante, "esperam viver em paz".
Segundo informações dos familiares, o casal que manteve o relacionamento por 14 anos, estava separado havia nove meses, porém Ivanir não aceitava a separação e há algum tempo vinha ameaçando Ceni. O homem já tinha, antes, sido preso, alguns meses antes, por agredir Ceni. O casal tem dois filhos, um de 12 anos e outro de 6 anos.

O advogado Jones Mário Decarli, defensor do réu, também afirmou estar satisfeito com o resultado do julgamento. Ele não pediu a absolvição, porém, como o réu tinha depressão leve, alegou tentativa de homicídio privilegiado. Com base em estudos médicos,  Decarli sustentou que "a depressão é um problema de saúde pública e isso levou o réu, depressivo, a cometer o crime e também tentar o suicídio, o que é caso, assim,  de julgar um doente e não um criminoso".
 
Detalhes do caso
 
* No dia dos fatos, por volta das 7 horas, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar de Coronel Vivida foram acionados e ao chegarem ao Bairro Industrial, encontraram o casal Ivanir Ignácio de Siqueira, de 37 anos com um corte profundo no pescoço e Ceni Rodrigues Chaves, de 35 anos, com dois cortes profundos no pescoço.
 
* Os dois foram encaminhados ao Hospital São Roque, e atendidos pelos médicos Marcos Antoniali e Rafael Martin. A situação mais grave era de Ivanir que não respondia aos comandos médicos.
 
* O Ministério Público pediu a pena de no mínimo 12 anos para o réu; Conseguindo, então, a desclassificação do crime.
O fato curioso é que os jurados todas foram mulheres.
 
* A promotora do caso, Rita de Cássia Ribeiro, não descarta a possibilidade de recorrer. Presidiu o júri, a juíza Daniela Maria Kruguer. O julgamento durou seis horas. (Proc. nº 2011.0000127-1)

Redação do Espaço Vital com Portal RVP
Fonte: www.espacovital.com.br